Jornal Correio Braziliense

Economia

Bolsas americanas recuam com preocupação sobre gripe suína

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As Bolsas americanas operam em baixa nesta segunda-feira (27/04). A preocupação dos investidores é de que a gripe suína, que já matou 22 pessoas no México e tem casos confirmados nos Estados Unidos e Canadá, possa afetar o setor de turismo e diminuir o impacto da recuperação econômica em vários países. Às 11h12 (em Brasília), a Nyse (Bolsa de Valores de Nova York, na sigla em inglês) estava em baixa de 0,90% no índice DJIA (Dow Jones Industrial Average, principal referência do mercado financeiro americano), que estava com 8.003,65 pontos, enquanto o S 500 tinha queda de 1%, indo para 857,61 pontos. A Bolsa Nasdaq perdia 1,01%, indo para 1.677,18 pontos. Nesta segunda, ações de redes hoteleiras, companhias aéreas e operadoras de cruzeiros registravam fortes quedas. A gripe suína é uma doença respiratória causada pelo vírus influenza A, chamado de H1N1. Ele é transmitido de pessoa para pessoa e tem sintomas semelhantes aos da gripe comum, com febre superior a 39°C, tosse, dor de cabeça intensa, dores musculares e articulações, irritação dos olhos e fluxo nasal, mas com vômitos e diarreia mais severos. Para Craig Peckham, estrategista da corretora Jefferies, classificou a gripe suína como uma "desculpa fácil" para os investidores embolsarem os lucros que tiveram nas últimas semanas - quando o Dow Jones, por exemplo, acumulou alta de 23,4% desde o começo de março. "Por trás desse grande movimento de vendas, está a preocupação de que a economia demore mais tempo para se recuperar, mesmo com os sinais positivos recentes." No setor automotivo, as ações da fabricante General Motors (GM) subiam 32% depois que a empresa anunciou o fechamento de 21 mil vagas de trabalho nos EUA até 2010, como parte do seu plano de reestruturação. A companhia ainda anunciou que vai se desfazer da Pontiac, uma de suas mais tradicionais marcas. Na quarta-feira (22) o Departamento do Tesouro liberou para a GM mais US$ 2 bilhões para manter sua produção e financiar seu capital de giro. O novo empréstimo se soma aos US$ 13,4 bilhões conseguidos pela montadora no ano passado para não falir. Neste ano, a GM pediu ao governo do presidente Barack Obama outros US$ 16,6 bilhões em empréstimos. No começo do mês, o governo concedeu um prazo até 1° de junho para que a GM entregue seu projeto de reestruturação detalhada. Caso as propostas não sejam consideradas viáveis pelas autoridades, a maior montadora americana poderá recorrer ao "Chapter 11" (o capítulo da legislação dos EUA para falências e concordatas).