Jornal Correio Braziliense

Economia

General Motors vai fechar maioria das fábricas nos EUA, dizem agências

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Duas pessoas envolvidas com os planos de reestruturação da General Motors (GM) afirmaram que a montadora deve fechar a maior parte de suas fábricas nos Estados Unidos nas próximas nove semanas. Reportagem das agências Associated Press e Reuters citam que a companhia pode desativar as unidades em até nove semanas. O governo americano concedeu até o dia 1° de junho como prazo para a empresa apresentar seu projeto de reestruturação, como parte dos requisitos para a liberação de mais verbas para a produção. A empresa recebeu em dezembro de 2008 uma ajuda de US$ 13,4 bilhões para manter suas fábricas abertas. Contudo, a empresa pediu neste ano outros US$ 16,6 bilhões para dar cabo do plano de reestruturação de suas marcas. As quedas nas vendas e o grande volume dos estoques foram os motivos apontados pelos funcionários envolvidos no projeto para fechar várias unidades. Nenhum dos dois, cujas identidades foram mantidas sob anonimato, confirmou o número de linhas de produção que serão desativadas e nem o número de funcionários demitidos. O porta-voz da GM, Chris Lee, disse que não comentaria o caso, mas confirmou que os funcionários da montadora serão avisados antes de qualquer corte de postos de trabalho. Dívida não paga Nesta quarta-feira, o diretor financeiro da fabricante Ray Young afirmou que a empresa pode não fazer o pagamento de uma dívida de US$ 1 bilhão, com vencimento em 1° de junho --um dia antes de expirar o prazo dado pelo governo americano para que a empresa apresente um novo plano de reestruturação. Segundo reportagem do diário americano The Wall Street Journal (WSJ), o pagamento dessa dívida só ocorreria se o credor aceitasse uma troca de papéis de dívida por títulos, o que faz parte da estratégia de reestruturação da empresa. "De qualquer modo, já teremos uma oferta aberta", disse Julie Gibson, porta-voz da empresa, segundo o site da rede americana de TV CNN. Segundo Young, o programa de troca de papéis será lançado nos próximos dias e pretende reduzir a dívida não garantida da empresa, de US$ 28 bilhões. A expectativa do executivo-chefe da empresa da montadora, Fritz Henderson, é reduzir a dívida para cerca de US$ 9,2 bilhões. Outra porta-voz da empresa, Renee Rashid-Merem, disse à agência de notícias Bloomberg que a troca de papéis é um "elemento essencial" para conseguir que a empresa consiga se reestruturar sem ter de recorrer a uma concordata. No último dia 30, o presidente americano, Barack Obama, disse que o governo irá oferecer capital suficiente para a GM nos próximos 60 dias, a fim de que a empresa possa elaborar um novo plano de reestruturação.