Jornal Correio Braziliense

Economia

Bolsas dos EUA fecham com ganhos após sinais do Fed de melhora na economia

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A Bolsa de Valores de Nova York (Nyse, na sigla em inglês) encerrou o pregão em alta nesta quarta-feira depois que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) apontou para a diminuição no ritmo da desaceleração econômica nos Estados Unidos. A análise está no "Livro Bege" (documento com dados econômicos coletados nas 12 divisões regionais do banco), o qual destaca que a economia já mostra ligeiros sinais de recuperação. A Bolsa de Valores de Nova York (Nyse, na sigla em inglês) fechou em alta de 1,38%, indo para 8.029,62 pontos no índice Dow Jones Industrial Average (DIJA), enquanto o S 500 subiu 1,25%, indo para 852,06 pontos. A Bolsa Nasdaq teve alta de 0,07%, indo para 1.626,80 pontos no índice Nasdaq Composite. "Registros das divisões regionais do Fed indicam que a atividade econômica geral teve nova contração ou permaneceu fraca. Mesmo assim, cinco dos 12 distritos tiveram uma moderação no ritmo de declínio, enquanto outros viram sinais de que a atividade em alguns setores está se estabilizando em um nível baixo", diz o documento, elaborado com informações coletadas até o dia 6 deste mês e divulgado hoje. Os investidores vêm mantendo nas últimas semanas o bom humor a respeito dos indicadores econômicos americanos, mas esse bom humor perdeu hoje um pouco do vigor, com a divulgação de que a produção industrial americana caiu 1,5% em março, atingindo o nível mais baixo desde dezembro de 1998. No primeiro trimestre, por sua vez, a produção teve queda de 20% (taxa anualizada), a maior queda trimestral dentro da recessão em que o país se encontra desde dezembro de 2007. No setor de tecnologia, a decisão da Intel de não divulgar previsões detalhadas para os próximos trimestres também trouxe preocupação ao mercado. Ontem, a empresa informou que seu lucro no trimestre passado foi de US$ 647 milhões, 55% a menos que no mesmo período de 2008. Mesmo assim, o resultado superou o previsto pelos analistas. O estrategista-chefe do JPMorgan Funds, David Kelly, disse que ainda deve levar meses até que os investidores tenham uma percepção mais clara sobre o rumo que a economia dos EUA vai tomar.