A Caixa Econômica Federal irá flexibilizar as garantias exigidas das construtoras para terem acesso à linha de financiamento de capital de giro, lançada em outubro do ano passado, mas que ainda não saiu do papel.
O secretário adjunto de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Dyogo Oliveira, acredita que as novas regras devem ser anunciadas na próxima semana. "Existe a ordem para que o problema seja resolvido e nós vamos flexibilizar (as garantias) para viabilizar que as empresas entrem no programa", afirmou à Agência Estado
A linha de crédito, no valor total de R$ 3 bilhões, foi criada em outubro do ano passado para socorrer as empresas de construção civil que fizeram lançamentos imobiliários e, em razão da escassez de financiamentos, ficaram sem recursos para dar andamento às obras
Mas a demora na liberação dos recursos já fez com que o Conselho Monetário Nacional (CMN) prorrogasse de 31 de março de 2009 para 31 de dezembro deste ano o prazo para a contratação do empréstimo, com prazo de até 60 meses e juros subsidiados pelo Tesouro Nacional. A linha vale para empreendimentos imobiliários lançados até 30 de junho
Oliveira disse que o problema é operacional. Segundo ele, a Caixa está exigindo um fluxo de caixa suplementar que garanta o pagamento do financiamento, além de garantias reais, como imóveis e terrenos. Mas, neste momento de crise, as empresas estão com dificuldades em apresentar estas exigências. "A linha ainda não funcionou", resumiu o secretário. O CMN fixou em TR mais 11% ao ano a taxa de juros que será cobrada pela Caixa nessa linha de crédito