Jornal Correio Braziliense

Economia

Bolsas americanas disparam com 'promessa' de Wells Fargo

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A euforia do mercado com o anúncio do banco Wells Fargo contribuiu para que as Bolsas americanas disparassem nesta quinta-feira. As ações da instituição bancária subiram impressionantes 31,70% e levaram de roldão os papéis dos demais bancos, após ter declarado que pode apurar um lucro recorde ainda no primeiro trimestre deste ano. A Nyse (Bolsa de Valores de Nova York, na sigla em inglês) teve forte alta de 3,14%, indo para 8.083,38 pontos no índice DJIA (Dow Jones Industrial Average), enquanto o S 500 avançou 3,80%, aos 856,56 pontos. A Bolsa tecnológica Nasdaq teve ganho de 3,89% no indicador Nasdaq Composite, indo para 1.652,54 pontos. O banco Wells Fargo adiantou que deve ter um lucro líquido de US$ 3 bilhões como resultado de primeiro trimestre, após ter amargado perdas de US$ 2,7 bilhões no trimestre final de 2008. A cifra está muito acima do previsto por analistas e foi comemorado pelo mercado, sobretudo porque o Wells Fargo estava na grupo dos mais atingidos pela crise dos créditos "subprime". Apesar dos números positivos, o executivo-chefe do banco, Howard Atkins, mostrou precaução no comunicado, dizendo que a economia ainda não está recuperada. "É prematuro concluir que a economia melhorou", disse. "Tudo o que posso dizer a vocês é que nós vemos muitas oportunidades de negócio." Os dados macroeconômicos influenciaram de forma modesta os negócios em Wall Street, já que foram um pouco ambíguos. O Departamento do Trabalho informou hoje que a cifra total de pedidos iniciais do seguro-desemprego era de 654 mil na semana do dia 4, uma redução de 20 mil solicitações na comparação com o resultado da semana imediatamente anterior. Em compensação, a cifra total das pessoas que já recebiam o seguro-desemprego era de 5,84 milhões no final de março (até o dia 28), o que significa um aumento de 95 mil benefícios pagos na comparação com o resultado apurado até a penúltima semana do mês. O Departamento de Comércio informou que o déficit comercial do país --US$ 26 bilhões no mês de fevereiro- foi o menor desde 1999. Analistas projetavam um saldo negativo da ordem de US$ 36,5 bilhões. Já o mercado varejista não trouxe boas notícias. A maioria teve queda nas vendas em março, e o Wal-Mart --maior empresa do setor nos EUA-- teve crescimento abaixo do esperado pelos analistas.