A alta dos preços de produtos alimentícios e de vestuário puxou o custo de vida para a classe média, segundo pesquisa da Fecomércio (Federação do Comércio do Estado de São Paulo) e OEB (Ordem dos Economistas do Brasil).
O chamado ICVM (Índice do Custo de Vida da Classe Média) teve variação de 0,40% em março, ante 0,24% em fevereiro. Nos 12 meses, o índice acumula alta de 6,54%. O ICVM abrange itens consumidos por famílias com renda mensal entre cinco e 15 salários mínimos.
Os produtos de vestuário que fazem parte do índice tiveram reajuste de 0,60% em março. No mês anterior, os mesmos produtos estavam 0,63% mais baratos. Os "vilões" do mês, nesse grupo, foram os preços das roupas femininas, 0,68% mais caras, e joias, com variação de 7,68%.
No caso dos alimentos, os preços subiram 1,05% em março contra 0,62% em fevereiro. Os alimentos do tipo "in natura" dispararam 6,25% em março, depois de uma alta de 2,87% em fevereiro. Verduras ficaram 14,85% mais caras, enquanto legumes tiveram reajuste de 6,32%. Ovos também subiram bem: 8,27%.
Em compensação, alimentos semielaborados ficaram um pouco mais baratos, com queda de 1,82%, na média. O prato básico do brasileiro também ficou mais barato: o preço do arroz caiu 2,45%, enquanto o feijão baixou 10,08%. Ainda segundo a pesquisa da Fecomércio, o preço do contrafilé recuou 4,20%.
Os gastos com saúde e educação também pesaram no bolso das famílias de classe média: os preços do primeiro grupo tiveram reajuste médio de 0,23%, enquanto subiram 0,06% no caso do segundo.