Jornal Correio Braziliense

Economia

Setor produtivo pode ser socorrido

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As seis maiores centrais sindicais se reuniram com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e com quatro ministros para avaliar a situação dos setores produtivos afetados pela crise mundial. Após o encontro, os sindicalistas ficaram convencidos de que cada setor deve receber soluções específicas. ;A crise não é generalizada;, comentou Arthur Henrique Silva, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT). Na visão dos sindicatos, a cadeira produtiva do frango e da carne merecem mais atenção nesse momento. ;Enquanto há uma burocracia enorme para concessão de crédito no BNDES para os produtores, os frangos estão morrendo. Não dá para esperar tanto;, reclamou Paulo Pereira da Silva, presidente da Força Sindical. Os setores sucroalcooleiro e de maquinário agrícola também foram citados como preocupantes. » Áudio: ouça entrevista com Paulo Pereira da Silva, da Força Sindical, sobre a reunião com presidente Lula
Medida preventiva O presidente geral da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah, alertou que medidas são necessárias para impedir que os setores de comércio e serviço sejam atingidos. ;Se a crise continuar por mais 40 ou 50 dias, os empregos passam a ser ameaçados significativamente. Temos que tomar medidas para evitar isso;, afirma. Para Patah, faltam facilidades de créditos para pequenas e microempresas. ;Os pequenos e microempresários querem ter acesso a crédito com menos burocracia. Os incentivos do governo não estão chegando nas bases do comércio, onde estão os grandes empregadores;, lamenta. Na próxima semana, de acordo com o presidente da UGT, haverá uma reunião com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, para discutir a possibilidade de redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para eletrodomésticos.