O preço do barril de petróleo registrou queda de quase 3% nesta segunda-feira (6/04), na véspera do início da temporada de balanços nos Estados Unidos. O barril do pretóleo bruto tipo WTI para entrega em maio encerrou o pregão na Nymex (Bolsa Mercantil de Nova York, na sigla em inglês) cotado a US$ 51,05.
A queda refletiu o recuo registrado em Wall Street, onde o índice Dow Jones teve queda de 0,52%, o S 500 caiu 0,83% e a Bolsa Nasdaq terminou em baixa de 0,93%.
Além de apontar para um cenário de preocupações com a divulgação dos lucros empresariais no primeiro trimestre do ano, os preços do petróleo ainda repercutiram a divulgação de dados sobre emprego na semana passada.
Segundo o analista Stephen Schork, mais de um quarto dos 663 mil postos de trabalho fechados em março estavam em setores extremamente dependentes de energia. Fábricas fecharam 161 mil vagas, enquanto a construção civil perdeu 126 mil profissionais.
A taxa de desemprego subiu para 8,5%, maior desde novembro de 1983, quando estava no mesmo patamar, segundo o Departamento do Trabalho.
Isso significa que há cada vez menos gente consumindo combustível para ir ao trabalho, assim como empresas gastanto menos óleo diesel e gás para produzir. Nesta quarta-feira, o governo dos EUA divulgará o relatório sobre os estoques de petróleo.
Para os especialistas, o aumento do desemprego nos EUA reflete diretamente na demanda global de petróleo, uma vez que os americanos são os maiores consumidores mundiais da commodity.
"Nós estamos nadando em petróleo porque a produção está grande e a demanda está fraca. E isso vai continuar assim no curto prazo", disse Schork.