O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, disse nesta quinta-feira (2/04) que ainda está em estudo de onde sairão os recursos que o Brasil aportará no Fundo Monetário Internacional (FMI)- uma das decisões da reunião do G20 (grupo dos países ricos e principais emergentes) que ocorre em Londres.
Entre as medidas decididas pelo G20 está o levantamento de US$ 1 trilhão pata o Fundo Monetário Internacional ajudar países com problemas decorrentes da crise econômica global. Ontem, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já havia dito que o país estava disposto a reforçar o caixa FMI. "Se for necessário dar dinheiro (ao FMI) e se isso não diminuir nossas reservas, não vemos problema algum", disse Lula durante a viagem para Londres.
"Vamos verificar (de onde sairá o dinheiro para aportar no FMI). O importante é que o Brasil tem recursos. O Brasil tem reservas internacionais elevadas, é um dos poucos países emergentes que está tendo condições de fazer leilões de linhas provenientes das reservas", disse Meirelles após participar de seminário sobre regulação financeira em São Paulo.
"A maior parte dos países em desenvolvimento e emergentes não têm esses recursos, portanto cabe ao FMI e ao Banco Mundial aportar recursos para que o comércio internacional seja restabelecido e os países que não causaram não sofram de forma desproporcional. O Brasil, como indicado pelo presidente Lula, cumprirá a sua parte." Meirelles ainda lembrou que as decisões da cúpula do G20 ainda passará por um detalhamento, da qual o Brasil participará. "O detalhamento será feito pelo Fórum de Estabilidade Financeira, do qual o Brasil é parte e não era antes, e pelo Comitê de Supervisão Bancária da Basiléia, que também agora tem a presença do Brasil", explicou.