A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) registra perdas desde os primeiros negócios desta segunda-feira (30/03). O relativo otimismo dos investidores ao longo da semana passada deve ser posto à prova hoje, com a expectativa pelo anúncio de um novo plano de ajuda às montadoras nos EUA. O câmbio reflete o nervosismo do mercado e atinge R$ 2,31.
O Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa paulista, retrocede 2,40%, aos 40.903 pontos. Na sexta-feira, a Bolsa fechou em queda de 1,60%.
O dólar comercial é trocado por R$ 2,317, o que significa um acréscimo de 1,04% sobre a cotação de sexta. A taxa de risco-país marca 422 pontos, número 2,42% acima da pontuação anterior.
As Bolsas asiáticas desabaram na jornada de hoje, sob impacto da realização dos lucros (venda de ações muito valorizadas) da semana quanto pela expectativa do novo plano dos EUA. Em Tóquio, a Bolsa perdeu 4,5%. Na Europa, a Bolsa londrina recua 2,13% enquanto a Bolsa de Frankfurt cai 3,13%.
Entre as primeiras notícias do dia, o Banco Central rebaixou sua previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 3,2% para 1,2% neste ano, seguindo uma tendência já antecipada pelo mercado financeiro. O boletim Focus, do mesmo BC, também mostrou que os economistas do setor financeiro continuam pouco otimistas: a mediana das projeções aponta para uma estagnação do país neste ano, com expectativa de crescimento zero.
A Fundação Getulio Vargas (FGV) apontou deflação de 0,74% em março, pelo índice de preços IGP-M, utilizado como referência para o reajuste de aluguéis.
Na sexta-feira à noite, a Sadia anunciou o seu primeiro prejuízo líquido em 64 anos de sua história, com perdas de R$ 2,5 bilhões, em função de suas operações cambiais. Em 2007, a companhia havia registrado lucro líquido de R$ 768,348 milhões.