As Bolsas americanas operam em baixa nesta sexta-feira (27/03). A desaceleração nos gastos e a queda na renda dos consumidores americanos em fevereiro abriram espaço para a venda de ações por parte dos investidores, que preferiram embolsar os lucros acumulados nas últimas sessões.
Às 11h17 (em Brasília), a Nyse (Bolsa de Valores de Nova York, na sigla em inglês) estava em baixa de 1,80%, indo para 7.781,83 pontos no índice DJIA (Dow Jones Industrial Average), enquanto o S 500 caía 1,86%, indo para 817,38 pontos. A Bolsa Nasdaq operava em baixa de 2,05%, indo para 1.554,52 pontos.
O Departamento do Comércio informou hoje que os gastos do consumidor americano tiveram alta de 0,2% em fevereiro, após uma alta de 1% em janeiro - dado que foi revisado: a leitura original mostrava aumento de 0,6%.
Mesmo com a revisão para cima de janeiro, e com o dado de fevereiro em linha com o esperado, o indicador foi recebido sem entusiasmo pelo mercado. Além disso, a renda dos americanos caiu 0,2%, a quarta queda em cinco meses (a renda líquida também caiu, 0,1%).
Os gastos do consumidor americano são acompanhados com atenção por analistas e investidores, uma vez que o consumo responde por cerca de dois terços de toda a atividade econômica americana.
Hoje também a Universidade de Michigan informou que o índice de confiança dos consumidores referente a março teve alta, indo para 57,3 pontos, contra 56,3 em fevereiro. A expectativa dos analistas era de uma alta para 56,6 pontos.
Ontem, os indicadores do mercado financeiro americano encerraram o dia com altas consideráveis: o DJIA subiu 2,25%; o S 500 teve alta de 2,33%; e a Bolsa Nasdaq subiu 3,80%.
Segundo analistas, ainda há no mercado a noção de que tanto a economia como o sistema bancário americanos estão fracos, e a proximidade da temporada de divulgações de resultados corporativos referentes ao primeiro trimestre deste ano começa a gerar preocupações entre os investidores.
Mesmo assim, com o ganho de 21% nos últimos 13 dias, uma queda não deve atrapalhar a recente onda de otimismo, disse o economista Peter Cardillo, da corretora Avalon Partners.