Jornal Correio Braziliense

Economia

Consumo de energia desacelera e deve crescer 1,2% em 2009

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A crise financeira internacional levou a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) a reduzir a previsão de consumo de energia elétrica para 2009 em 14,2 mil gigawatts-hora. O consumo total do ano era previsto para 411,6 GWh. Com a revisão, passou para 397,4 mil GWh. Com isso, deverá haver um crescimento do consumo total de energia de 1,2%, ante a previsão anterior, de expansão de 4,8%. Segundo nota divulgada pela EPE, a diferença se concentra no consumo industrial e equivale a 66% de todo o consumo da região Norte durante um ano inteiro. Nos anos seguintes, de 2010 a 2013, haverá também "reduções expressivas" em relação a previsões anteriores, embora menores, entre 11 e 13 mil GWh por ano. Para revisar os números do consumo, a EPE considerou a queda na projeção do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas de um país) de 4% para 2% em 2009. A expansão do consumo residencial terá pouca alteração, passando de 4,5% para 4,1% em relação á projeção anterior para o ano. Já a indústria, cujo crescimento estava previsto para 5,1%, deverá apresentar uma retração do consumo de energia ao longo do ano de 2,1%, na comparação com 2008. O consumo comercial e do setor de serviços deverá continuar crescendo acima de 4%, passando de uma projeção de 4,5% para 4,2%. No período de 2009 a 2013, a EPE considerou um crescimento médio do PIB de 4,3% ao ano, ante previsão anterior de 4,9%. Com isso, foi modificada toda a previsão no país. O crescimento da população, que antes poderia chegar a 13,9 milhões de habitantes, deverá ser de 8,3 milhões. O número de ligações residenciais ao sistema elétrico seria de 8,7 milhões e, agora, deverá ficar em 8 milhões de novas ligações. Com as alterações para o país, a EPE afirmou que o consumo de energia ao longo dos quatro anos será de uma média de 4,3% ao ano, ante a previsão anterior de 4,8%. A projeção para o consumo de energia em 2010 foi ampliada, já que a base de comparação (2009) será mais baixa. O crescimento deverá ser de 6% e não de 5,1%, como o projetado anteriormente. Em 2011, a expansão deverá passar dos 4,8% previstos anteriormente para 5%. Em 2012, com uma diferença menor, a expectativa de crescimento do consumo passou de 4,6% para 4,7%. Já para o ano seguinte, o consumo, segundo a EPE, deverá ser 4,5% maior, e não 4,8% conforme estimativas anteriores.