A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) ganha terreno minutos após a início das operações desta segunda-feira (23/03). As Bolsas europeias e asiáticas também valorizam, com a expectativa dos investidores pelos detalhes do plano do Tesouro americano para "sanear" os grandes bancos avariados pela crise dos créditos "subprimes". A taxa de câmbio desce para R$ 2,25.
O governo americano deve anunciar hoje, finalmente, o tão aguardado plano para compra dos "ativos tóxicos" (créditos problemáticos) que sobrecarregam os bancos e travam a circulação de recursos para empresas e consumidores. O plano foi pré-anunciado há semanas, mas a carência de detalhes sobre a forma de compra desses ativos frustrou o mercado e praticamente esvaziou seus efeitos positivos sobre as expectativas de investidores e analistas. A imprensa internacional adianta que o plano pode atingir a casa do US$ 1 trilhão.
O Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa paulista, avança 2,78% e atinge os 41.191 pontos. Na sexta-feira, a Bolsa fechou com retração de 0,93%.
O dólar comercial é vendido por R$ 2,254, em um decréscimo de 0,44% sobre a cotação de sexta-feira. A taxa de risco-país marca 413 pontos, número 2,36% abaixo da pontuação anterior.
As principais Bolsas asiáticas registraram fortes ganhos nos negócios de hoje, a exemplo de Tóquio (3,4%) e Hong Kong (4,8%). Na Europa, a Bolsa londrina avança 0,61% enquanto as ações sobem 1,12% no mercado de Frankfurt.
Entre as primeiras notícias do dia, o boletim Focus, do Banco Central, mostrou que a maioria dos economistas do setor financeiro já espera que a economia brasileira fique estagnada neste ano: as projeções de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) retraíram de 0,59% para 0,01% nas duas últimas semanas.
A Eurostat, a agência europeia de estatísticas, informou que o déficit comercial da zona do euro atingiu 10,5 bilhões de euros (US$ 14,3 bilhões) em janeiro deste ano, o que é 5,4% inferior ao saldo negativo registrado em idêntico mês do ano passado. Os dados ainda são preliminares.