Várias vozes do Senado americano se elevaram este domingo (22/03) para criticar um projeto de lei que tributa em 90% os bônus milionários como os que foram pagos pela seguradora AIG.
A Câmara de Representantes americana adotou na quinta-feira este projeto de lei que propõe um imposto a ser aplicado nos funcionários cuja remuneração supere os US$ 250 mil anuais nas empresas que receberam mais de US$ 5 bilhões de ajuda do governo, por conta da crise econômica.
Um projeto de sanção fiscal também foi introduzido no Senado, com o objetivo de taxar em 35% as empresas e os beneficiários dos bônus.
"Eu me pergunto se é a melhor maneira de fazer isso", disse neste domingo o presidente da Comissão de Orçamentos do Senado, Kent Conrad, à rede ABC.
"Taxar um grupo limitado de pessoas gera questões constitucionais", justificou o senador democrata, deixando claro, porém, que compartilha os protestos dos americanos após o pagamento de 165 milhões de dólares em bônus, em meados de março, aos executivos da AIG, para estimulá-los a permanecer na empresa.
"Se fosse responsável da AIG, chamaria essa gente e lhes diria 'devolvam os bônus, ou estão demitidos'. Podemos fazê-lo, porque temos o grupo (80% pertencem ao Estado)", disse Conrad.