A Polícia Federal fez buscas e apreensões em três empresas de prestação de serviços de informática e no sindicato da categoria, para colher indícios de formação de cartel no setor, que vem sendo investigado pela Secretaria de Direito Econômico (SDE). Segundo a SDE, as suspeitas surgiram em 2005, quando o Ministério da Educação identificou supostas combinações de preços entre concorrentes de uma licitação para compra de produtos e fornecimento de suporte de informática.
;Mais de 20 empresas pegaram o edital da concorrência, mas apenas duas apresentaram propostas. Isso não é comportamento esperado de quem quer ganhar uma licitação;, afirmou a diretora do Departamento de Proteção e Defesa Econômica da SDE, Ana Paula Martinez. Segundo ela, caso seja comprovada a cartelização, poderá ser aberto um processo administrativo.
As buscas foram feitas nas empresas CTIS, Politec, Poliedro e no Sindicato das Empresas de Serviços de Informática (Sindisei). A PF abriu inquérito para apurar suspeitas de formação de cartel, segundo o superintendente da corporação no Distrito Federal, Disney Rosseti. A Poliedro informou que prestou as informações pedidas pela autoridade judicial. A mesma posição foi adotada pela presidente do Sindisei, Suely Nakao.
A CTIS ressaltou que a medida da SDE era para levantar dados de empresas vinculadas ao sindicato. ;A CTIS Tecnologia S/A atendeu prontamente a tudo o que lhe foi solicitado em relação ao fornecimento das informações, na certeza de que não há qualquer fato que desabone sua conduta ou que caracterize irregularidade;, informou a diretoria executiva jurídica da empresa. Em nota, a Politec explicou que duas licitações investigadas não tiveram sua participação.