O governo japonês prepara um plano de US$ 15 bilhões para preservar os empregos nas empresas e ajudar os desempregados, no momento em que o país enfrenta a recessão mais grave desde 1945, anunciou o ministro do Trabalho, Yoichi Masuzoe.
"Vamos elaborar medidas enérgicas a favor do emprego no valor de 1,5 trilhão de ienes", declarou Masuzoe. "As pessoas estão inquietas sobre como vão viver enquanto procuram emprego ou estudam. Queremos adotar medidas drásticas para resolver este tipo de problema."
Masuzoe não detalhou o plano. A imprensa destaca que as medidas contempladas consistem em financiar cursos para as pessoas que procuram emprego, subsidiar as empresas para que não demitam funcionários e conceder ajudas aos trabalhadores imigrantes desempregados ou financiar o retorno destes a seus países.
As empresas japonesas, afetadas pela queda das exportações, demitiram milhares de funcionários nos últimos meses.
A taxa de desemprego no país chegou a 4,1% em janeiro, ainda longe do recorde de 5,5% de 2002, mas os analistas preveem que supere 5% durante 2009.
Segundo Masuzoe, as novas medidas a favor do emprego serão incluídas em um novo plano de estímulo econômico, o terceiro em poucos meses, que está sendo preparado pelo governo nipônico.
Coreia do Sul
A Coreia do Sul anunciou medida semelhante ao do Japão hoje, destinando 4,9 trilhões de wons (US$ 3,52 bilhões) para a criação de 550 mil novos empregos, informou nesta quinta-feira a agência de notícias local Yonhap.
O dinheiro será parte do orçamento adicional de 30 trilhões de wons (US$ 21,6 bilhões) que o governo estabeleceu para este ano a fim de estimular a economia do país, em recessão desde 2008. A decisão foi adotada em uma reunião comandada pelo presidente sul-coreano, Lee Myung-bak.
O anúncio do governo chega no momento em que se anuncia que o número de desempregados em fevereiro estava em 924 mil na Coreia do Sul, segundo dados divulgados nesta quarta-feira. O índice de desemprego foi de 3,9% no mês passado, o pior nível registrado desde 2005.