Depois de um início de sessão pouco animador, a Bolsa de Nova York fechou em alta nesta quarta-feira (18/03), impulsionada pela decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) de comprar obrigações do Tesouro americano: o Dow Jones ganhou 1,23% e o Nasdaq 1,99%.
O Dow Jones Industrial Average ganhou 90,88 pontos, fechando a 7.486,58 pontos, e o Nasdaq 29,11 pontos, a 1.491,22 unidades.
O índice ampliado Standard & Poor's 500 avançou 2,09% (29,11 pontos), fechando a 794,35 pontos.
A tendência negativa que dominava o mercado, apesar dos bons resultados registrados pelo setor tecnológico, se inverteu com o anúncio da intervenção do Fed nos mercados para melhorar as condições de crédito.
Injeção
"Em um comunicado, o Fed injetou US$ 1,1 trilhão de no sistema", resumiu Gregori Volokhin, da Meeschaert New York, destacando que a boa notícia animou os investidores.
"Isso é muito bom para as obrigações e um pouco menos para as ações, mas em todo caso é algo positivo, pois o Fed está disposto a tudo e compra tudo", observou, por sua vez, Cary Leahey, da Decision Economics.
O Fed vai comprar até US$ 300 bilhões de bônus do Tesouro de longo prazo nos próximos seis meses, e ampliar em US$ 750 bilhões de dólares seu programa de compra de títulos indexados a ativos imobiliários, levando-o para 1,25 trilhão de dólares.
No longo prazo, esta intervenção é sinônimo de inflação, e uma das formas de se proteger - e de lucrar com isso - é comprando ações, explicou Volokhin. Os outros grandes beneficiários deste anúncio são o ouro e o mercado das obrigações, em detrimento do dólar.
Ações
Os valores financeiros registraram fortes aumentos nesta quarta-feira: o Bank of America subiu 22,33%, a US$ 7,67; o Citigroup ganhou 22,71%, a US$ 3,01, e o JPMorgan Chase teve uma alta de 7,84%, a US$ 27,11.
O mercado das obrigações disparou, estimulado pela chegada do Fed. O rendimento do bônus do Tesouro a 10 anos caiu para 2,533% contra 3,003% na terça-feira, e o a 30 anos caiu para 3,572%, contra 3,804% na véspera.