A LLX, empresa de logística do empresário Eike Batista, anunciou um aumento de capital de R$ 600 milhões, com a emissão de 333 milhões de novas ações. A operação vai viabilizar a entrada do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) como acionista, com uma injeção de recursos de R$ 150 milhões.
A BNDESPar (braço de participações em empresas do banco de desenvolvimento) comprará 25% das novas ações e passará a ter uma participação de 12,05% do capital. O banco terá direito a fazer indicações para o conselho de administração. No ano passado, a carteira da BNDESPar encerrou o ano com um valor de mercado de R$ 59 bilhões. Ela investiu R$ 14 bilhões e vendeu o equivalente a R$ 7,8 bilhões.
As novas ações da LLX serão lançadas a R$ 1,80. O valor do papel representa um ágio de 27% sobre a média ponderada pelo volume dos últimos 60 dias de negociação. A notícia foi mal recebida pelo mercado. No final da tarde, os papéis da empresa tinham queda de 6,62%.
Para Carlos Alberto Leite, agente de investimentos da Intra Corretora, a leitura do mercado é que os minoritários ganharão menos dividendos. "A esse preço, dificilmente o minoritário vai querer comprar as novas ações. Se o bolo cresce, mas a minha fatia permanece a mesma, na hora de distribuir os ganhos vou ficar com menos." Atualmente, os acionistas da LLX são o empresário Eike Batista, por meio de sua controlada, a Centennial Asset Mining Fund, e o Ontario Teachers" Pension Plan (OTPP), organização que é responsável pela gestão das pensões dos professores de escolas públicas de Ontário. Juntos, eles têm 76% do capital da empresa.