O presidente da BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras para a área de distribuição de combustíveis, José Eduardo Dutra, afirmou que não teme eventual concorrência da venezuelana PDVSA na região Nordeste do país.
A entrada da PDVSA no mercado nordestino de distribuição passou a ser cogitada no mercado após alguns entraves na discussão entre a venezuelana e a estatal brasileira para a construção da refinaria de Abreu Lima, em Pernambuco.
Houve boatos, não confirmados pelas empresas, de que um dos pontos em desacordo seria o desejo da PDVSA de entrar no mercado de distribuição brasileiro, a um preço subsidiado, como ocorre na Venezuela. A companhia teria direito a 40% dos derivados de Abreu Lima e a Petrobras terá 60% de participação.
Para Dutra, da BR, não há problemas no aumento da concorrência, contanto que as condições sejam as mesmas para os demais participantes do mercado brasileiro. "Nós não tememos nenhum concorrente, desde que esse concorrente atue nas mesmas condições que todas as operadoras no Brasil", disse.
Para ele, o problema seria se um concorrente, seja a PDVSA ou qualquer outra companhia, colocar no mercado brasileiro "preços artificialmente baixos". "Qualquer concorrente que venha a entrar, seja no mercado do Nordeste, seja em qualquer mercado, que atue dentro das regras que valem para todos. É do jogo. O mercado é aberto. Nós não tempos porque temer nenhum concorrente", afirmou Dutra.
Questionado se o mercado comportaria mais um concorrente, o presidente da BR disse que "isso é o mercado quem vai dizer".