O ex-ministro de Minas e Energia Nelson Hubner tomou posse nesta sexta-feira (13/03) como diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Na cerimônia, Hubner defendeu a desvinculação do orçamento da agência da peça do Ministério de Minas e Energia. Atualmente, os ministérios acabam definindo cortes nos orçamentos das agências, o que pode comprometer a independência do órgão.
"Há uma dificuldade logística, mas temos que caminhar para isso. É muito desgastante, queremos isso separado, é mais fácil gerir", afirmou.
Hubner prometeu ainda manter as reuniões de diretoria abertas ao público. A Aneel é uma das poucas agências que fazem reuniões abertas, sendo que o vídeo e áudio das reuniões são transmitidos pela internet.
Crise
Durante a posse, o ministro Edison Lobão (Minas e Energia) disse que é preciso reconhecer que a crise financeira existe. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro Guido Mantega (Fazenda) foram criticados por minimizarem os efeitos da crise. "Não pode ficar em estado de depressão. Temos que reconhecer que a crise existe e enfrentá-la", disse.
Lobão lamentou a dificuldade de se obter licença ambiental para construção de hidrelétricas. "Lamentavelmente, ainda é mais fácil subir no pau de sebo do que obter licença de uma hidrelétrica", afirmou. Hubner nasceu em Lajinha (MG) e é formado em Engenharia Elétrica e especialista em Matemática. Trabalhou na Companhia Elétrica de Brasília (CEB), na própria Aneel e no Ministério de Minas e Energia, onde foi chefe de gabinete da então ministra Dilma Rousseff, secretário-executivo e ministro interino. Hubner entra no lugar de Jerson Kelman, que deixou a agência em janeiro.