Jornal Correio Braziliense

Economia

Japão pode ter pacote de ajuda financeira de US$ 1 trilhão

;

O premiê do Japão, Taro Aso, pediu nesta sexta-feira (13/03) que sejam apresentadas novas medidas de estímulo econômico, que poderiam chegar a 100 trilhões de ienes (US$ 1 trilhão), segundo a agência de notícias Kyodo. Aso pediu unidade aos grupos políticos para que se atue antes que o risco de uma recessão mais profunda se torne realidade. Segundo ele, o país precisa de um novo plano de estímulo para sair da recessão e essas medidas extras se prolongarão por anos. De US$ 1 trilhão, até US$ 204 bilhões seriam destinados a um novo gasto fiscal e poderiam provir de uma ampliação do orçamento para o ano fiscal 2009, que provavelmente será aprovado antes de 1° de abril. A coalizão governante do Partido Liberal-Democrata e o Novo Komeito planeja apresentar ainda neste mês ao Parlamento os detalhes das medidas fiscais, ainda segundo a Kyodo. O plano terá como objetivo frear o aumento do desemprego e incluirá medidas para fomentar sistemas de trabalho partilhado, maiores subsídios ao desemprego e ao sistema de saúde. O premiê evitou antecipar novos dados até que sejam aprovadas as contas inicialmente previstas para o próximo ano fiscal, que começa em abril. O Produto Interno Bruto (PIB) do Japão recuou 12,7% entre outubro e dezembro de 2008 frente ao mesmo período do ano anterior. A queda é resultado da pior crise no país desde o fim da Segunda Guerra Mundial (1939-1945). A queda também é a terceira redução trimestral consecutiva, o que coloca a segunda maior economia do mundo - atrás apenas dos Estados Unidos-- em um cenário de aprofundamento da recessão. Entre abril e junho, o país registrara contração de 3% em seu PIB, enquanto de julho a setembro a economia havia recuado 0,4%. Em todo o ano 2008, a economia japonesa caiu 0,7%, pela primeira vez em nove anos. Após a declaração sobre o PIB, o ministro defendeu a aprovação parlamentar da segunda ampliação orçamentária para as contas do ano fiscal de 2008, que termina em março.