Jornal Correio Braziliense

Economia

Bolsas dos EUA fecham em alta, ainda com impulso de setor financeiro

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As bolsas americanas fecharam em alta nesta quarta-feira (11/03), mas perderam muito do fôlego mostrado ontem. Os investidores venderam papéis hoje, após a sessão desta terça (10/03), na qual o Dow Jones - principal referência da Bolsa de Valores de Nova York - subiu quase 6% e a Bolsa Nasdaq teve alta de 7%. A declaração do executivo-chefe do JPMorgan Chase, Jamie Dimon, de que a instituição teve lucro em janeiro e fevereiro. O Dow Jones encerrou o dia hoje uma ligeira variação positiva de 0,06%, fechando com 6.930,40 pontos; o S 500, também da Bolsa de Valores de Nova York, subiu 0,24%, para 721,36 pontos. A Nasdaq teve ganho de 0,98%, ficando com 1.371,64 pontos. O dado do JPMorgan Chase não causou a comoção provocada pela notícia do Citigroup de ontem, uma vez que o primeiro ainda é considerado um dos bancos mais sólidos dos EUA, enquanto o Citi sofreu prejuízos bilionários e o governo deve ampliar sua participação no banco para 36%. Em um comunicado, o executivo-chefe do Citigroup, Vikram Pandit, disse que o banco operou com ganhos no primeiro bimestre. Ele informou que o resultado operacional antes de impostos e itens extraordinários fechou positivo em US$ 8,3 bilhões em fevereiro. Segundo o executivo, é o melhor desempenho desde que o banco teve lucro em um trimestre fechado - o que ocorreu no terceiro trimestre de 2007. As ações do Citi subiram 4,1% hoje, e as do JPMorgan subiram 2,3%. Outros ganhos foram registrados no setor de tecnologia, com destaque para o avanço nos papéis da Apple ( 5,3%), após anunciar uma nova versão do iPod. Os papéis da Hewlett-Packard, por sua vez, subiram 5,4%. Os indicadores econômicos, no entanto, não ofereceram uma direção clara para os negócios. A Associação de Bancos de Hipoteca (MBA, na sigla em inglês) informou hoje que as solicitações de contratos de hipoteca nos EUA tiveram na semana encerrada no último dia 6 um aumento de 11,3%, na comparação com o período imediatamente anterior. O professor da Universidade Estadual de San Diego, Mark Goldman, disse à rede americana de TV CNN que as taxas de juros estão atraentes e podem estimular a demanda nos próximos meses. "Não importa se as taxas sobem em uma semana e descem em outra, elas ainda estão em níveis historicamente baixos", disse. Ontem, a agência de classificação financeira Fitch Ratings informou que o número de pessoas com dívidas não pagas referentes a compras com cartões de crédito teve um crescimento acentuado em janeiro nos Estados Unidos e atingiu um novo recorde --a taxa de atraso ficou em 4,04% nos últimos dois meses, contra 3,75% em dezembro.