Começou o segundo dia de reunião do Comitê de Polítca Monetária do (Copom) do Banco Central para definição da taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic. A expectativa é grande com relação a um corte diante do tombo de 3,6% registrado pelo Produto Interno Bruto (PIB) do país no último trimestre de 2008, conforme divulgou nesta semana o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A grande maioria do mercado aposta em queda de 1,5 ponto percentual, com a Selic recuando de 12,75% para 11,25% ao ano. No entanto, os analistas não descartam a possibilidade de o Copom surpreender e reduzir os juros em 2 pontos percentuais, o que levaria a Selic para 10,75% ao ano, o menor patamar da história.
No Palácio do Planalto, a torcida é grande. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cobrou pessoalmente do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, um corte mais agressivo nos juros. Para Lula, o BC precisa dar 'um choque' de ânimo no mercado com o fim de revertar o pessimismo que tomou conta do país após a divulgação do PIB do 4° trimestre do ano passado. Lula teme que empresários suspendam de vez os investimentos e os consumidores adiem demais as compras, empurrando a economia ainda mais para o buraco.