A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) vai apresentar nesta semana uma revisão para baixo em suas expectativas de demanda por petróleo para este ano. Demanda deve cair em um milhão de barris diários, contra a estimativa anterior, de 580 mil, disse nesta segunda-feira (9/03) o secretário-geral da organização, Abdullah al Badri.
Ele disse ainda que uma nova diminuição na cota de produção pode ser discutida na reunião do cartel no domingo (15). "Todas as opções estão sobre a mesa", disse Abdullah, uando questionado se a Opep precisa fazer um novo corte para equilibrar o mercado.
No dia 1° de janeiro deste ano entrou em vigor um corte de 2,2 milhões de barris na cota de produção da Opep, como forma de tentar conter o declínio do preço da commodity. O barril caiu de US$ 147,27, recorde atingido em julho do ano passado, para cerca de US$ 33 em dezembro do mesmo ano. Atualmente, o preço do barril está em torno de US$ 45.
Desde setembro do ano passado, no entanto, os cortes de produção já chegam a 4,2 milhões de barris. Os cortes estabilizaram o mercado, disse Al Badri.
O preço da commodity estava muito baixo, mas poderia estar em pior situação, dadas as condições atuais da economia global, disse o secretário. "O preço realmente não está aceitável para nós (...) Mas, dada a crise econômica, está bom", disse.
No dia 1° deste mês, o ministro do Petróleo do Irã, Gholam Hossein Nozari, disse que a Opep não tem a intenção de realizar um novo corte de produção da commodity. Ele afirmou, segundo a agência oficial de notícias Irna, que a reunião do cartel no próximo domingo servirá para estudar quais políticas podem ser aplicadas para conseguir uma alta dos preços. "Mas não será tomada qualquer decisão sobre futuros cortes da produção", especificou.