Jornal Correio Braziliense

Economia

Dólar sobe 0,50% e fecha a R$ 2,382 após frutração com pacote chinês

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As corretoras de câmbio trocaram o dólar comercial por R$ 2,382 nas últimas operações registradas nesta quinta-feira. O valor representa uma alta de 0,50% sobre a cotação de ontem. Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi cotado por R$ 2,500, sem variação sobre a taxa anterior. A frustração do mercado financeiro com o pacote anticrise chinês, que não adicionou dinheiro ao montante já anunciado em novembro (US$ 585 bilhões), provocou ajustes nas Bolsas de Valores e no mercado de câmbio, onde os preços da moeda americana oscilaram entre R$ 2,399 e R$ 2,373. Profissionais das mesas de operação vejam as dificuldades da economia americana como o principal entrave para os recuo das taxas de câmbio. E se nos momentos de maior nervosismo, vários não descartavam a possibilidade das cotações aproximarem de R$ 2,50, especialistas comentam que, num cenário mais definido, as taxas podem cair até R$ 2,30. Para essa corrente de analistas, um forte movimento especulativo, com origem no mercado futuro de dólar, sustenta as taxas em patamares mais altos. Desde o dia 4 de fevereiro o Banco Central restringiu suas intervenções no mercado de câmbio. Até essa data, no entanto, a autoridade monetária informou que utilizou quase US$ 60 bilhões (desde setembro) para segurar a alta do dólar. Juros futuros O mercado futuro de juros, que serve de referência para as tesourarias dos bancos, rebaixou as taxas projetadas nos principais contratos negociados. O Copom (Comitê de Política Monetária) volta a se reunir no próximo dia 11. Há um relativo consenso no mercado de que a taxa básica deve ser ajustada de 12,75% ao ano para 11,75%. No contrato com vencimento em abril de 2009, a taxa projetada retraiu de 11,90% ao ano para 11,83%; no vencimento de janeiro de 2010, a taxa projetada caiu de 10,70% para 10,62%; no contrato com o vencimento de janeiro de 2011, a taxa prevista cedeu de 11,12% para 10,96%.