A produção industrial da Espanha em janeiro registrou uma queda recorde de 20,2% (taxa anualizada) o que representa a maior baixa desde 1992, anunciou o Instituto Nacional de Estatísticas (INE).
Os efeitos da crise econômica global têm atingido duramente a economia da Espanha. O desemprego voltou a registrar alta no país no mês passado: 154.058 pessoas perderam o emprego em fevereiro, elevando o total de desempregados a quase 3,5 milhões de pessoas, segundo o Ministério do Trabalho. Trata-se do maior número desde 1996.
O desemprego na Espanha atingiu 13,91% da população ativa no quarto trimestre de 2008, o maior percentual da União Europeia (UE).
No último dia 18, o INE informou que a baixa do investimento, que caiu 9,3%, e do consumo, que teve redução de 2,3%, levaram a economia espanhola à recessão no quarto trimestre de 2008, período no qual a queda do Produto Interno Bruto (PIB) foi de 1%. Trata-se da segunda baixa consecutiva, o que faz o país entrar oficialmente em recessão pela primeira vez desde 1993.
O PIB do quarto trimestre caiu 0,7% na comparação com o mesmo período de 2007, segundo o instituto. Em todo o ano passado, a economia espanhola cresceu, no entanto, 1,2%, devido à melhor evolução dos dois primeiros trimestres. Para este ano, o Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê que a economia da Espanha sofrerá uma contração de ao menos 1%. Para o Fundo, a recuperação do país depende da aplicação de reformas profundas. Em novembro, Zapatero anunciou que o governo destinará 11 bilhões de euros para obras e equipamentos públicos como intuito de criar postos de trabalho e recuperar a economia.