Jornal Correio Braziliense

Economia

Bovespa desaba 4,28%; dólar avança 2,61%, a R$ 2,43

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Os investidores se rendem ao clima generalizado de pessimismo com a economia global e as Bolsas de Valores amargam fortes perdas, na Europa, nos EUA e no Brasil. O prejuízo histórico da seguradora AIG detonou a onda de vendas de ações, "auxiliado" por mais uma rodada de indicadores ruins da economia americana. O câmbio dispara 2,61% e atinge R$ 2,43. O Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa paulista, retrocede 4,28%, aos 36.550 pontos. O giro financeiro é de R$ 2,06 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York contrai 3,13% A taxa de risco-país marca 448 pontos, número 6,20% acima da pontuação anterior. Entre as notícias mais importantes do dia, a americana AIG anunciou um prejuízo recorde de US$ 61,7 bilhões no quarto trimestre, o maior já registrado por uma empresa americana. O governo americano já anunciou a injeção de US$ 30 bilhões na gigante do setor de seguros. Já o banco britânico HSBC reportou um lucro de US$ 5,728 bilhões, número 70% abaixo do registrado no exercício anterior. A instituição financeira também comunicou o fechamento de 800 agências e 6.100 funcionários. Nos EUA, o ISM (Instituto de Gestão de Oferta, na sigla em inglês) apontou que o setor manufatureiro teve o 13° mês consecutivo de contração. E em um das poucas notícias positivas do dia, o governo americano informou que o volume de gastos do consumidor teve alta de 0,6% em janeiro, interrompendo uma sequência de seis meses de retração consecutiva deste indicador. Já a renda das famílias teve um aumento de 0,4%. Os números estão bem melhores do que o consenso entre os analistas do setor financeiro. No front doméstico, o boletim Focus revelou que a maioria dos economistas de bancos e corretoras aumentou suas "apostas" num corte agressivo da taxa básica de juros neste ano: atualmente em 12,75%, a chamada "Selic" deve cair para 10,25% até dezembro.