A Embraer não poderia realizar uma demissão em massa sem antes negociar com os sindicatros da categoria alternativas para os trabalhadores, segundo a Justiça trabalhista. Foi essa a principal justificativa do desembargador Luís Cândido Martins Sotero da Silva, presidente do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 15ª Região, ao mandar suspender as demissões até quinta-feira.
A fabricante de aviões anunciou o corte de cerca de 4,2 mil funcionários no último dia 19 de fevereiro. O sindicato, desde a véspera da decisão, já reclamava que tentava, sem sucesso, negociar com a empresa alternativas às demissões.
Procurada, a fabricante de aviões não confirmou o recebimento do texto que comunica a decisão. No dia das demissões, o presidente da Embraer, Frederico Fleury Curado, responsabilizou a crise pelas demissões e afirmou que a situação não é passageira, portanto não seria possível "algum tipo de solução transitória".