O Royal Bank of Scotland (RBS), um dos bancos mais afetados pela crise global, registrou em 2008 um prejuízo de 24,137 bilhões de libras (US$ 34,412 bilhões), o maior da história empresarial britânica.
Em comunicado divulgado nesta quinta-feira (26/02) à Bolsa de Londres, o RBS informou que o prejuízo contrasta com os lucros de 2007, quando chegaram a 7,303 bilhões de libras (US$ 10,412 bilhões).
O banco, que adquiriu o ABM Amro, precisou ser resgatado no ano passado pelo governo britânico devido à crise de crédito global.
As perdas do RBS são divulgadas no momento em que foi informado que o ex-diretor-executivo do banco, Fred Goodwin, de 50 anos, receberá uma pensão anual vitalícia de 600 mil libras (US$ 864 mil).
Segundo os detalhes do balanço do RBS, as perdas antes de impostos em 2008 ficaram em 40,667 bilhões de libras (US$ 57,979 bilhões), frente a um lucro do ano anterior de 9,832 bilhões de libras (US$ 14,017 bilhões).
A receita total do banco chegou a 25,868 bilhões de libras (US$ 36,880 bilhões) no ano passado, frente a uma de 30,366 bilhões de libras (US$ 43,293 bilhões) de 2007.
As perdas do RBS derivadas da controvertida aquisição do banco holandês ABN Amro, por sua vez, foram de 16,196 bilhões de libras (US$ 23,090 bilhões).
O banco explica que, devido à crise, o RBS fará um plano de reestruturação para recuperar sua força. Assim, se centrará em operações menores no Reino Unido e cortará os custos do grupo.
O novo diretor-executivo do RBS, Stephen Hester, disse hoje que o plano "ajudará a reduzir o risco para os acionistas". "Estamos, certamente, em uma posição privilegiada para reestruturar o grupo com o apoio do governo britânico. Com esse privilégio, há responsabilidades que temos intenção de cumprir. Temos muitas decisões difíceis pela frente", comentou.