O governo dos Estados Unidos admitiu ontem (segunda-feira, 23/02) que pode aumentar sua participação acionária nos bancos do país. Em um comunicado conjunto, o Departamento do Tesouro norte-americano, o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) e agências governamentais de regulação anunciaram que os "testes de stress; para determinar a saúde financeira dos 20 principais bancos vão começar amanhã. O objetivo dos testes é avaliar se as instituições têm "amortecedor financeiro" suficiente para enfrentar uma situação econômica em deterioração.
"Se a avaliação indicar que determinada instituição precisa de mais capital", o banco terá oportunidade de tentar levantar recursos de fontes privadas, informou o comunicado. Se não conseguir, o banco será obrigado a permitir que o governo transforme as injeções de capital já realizadas por ações ordinárias (com direito a voto). Segundo o comunicado, o programa "parte do pressuposto de que os bancos devem permanecer na iniciativa privada". Mas, mesmo tentando afastar o fantasma da estatização, o governo admitiu que pode aumentar significativamente sua participação acionária nos bancos.
O Tesouro dos EUA tentou tranquilizar o mercado, ao garantir que não vai deixar os grandes bancos do país quebrarem, e detalhar o plano para resgatar as instituições financeiras. As autoridades reguladoras tentaram dissipar rumores de que, após os testes de stress, os bancos seriam fechados ou estatizados, dependendo da situação de cada um. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.