Jornal Correio Braziliense

Economia

IPCA-15 encerra fevereiro em 0,63%

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O Índice de Preços ao Consumidor Amplo ; 15 (IPCA-15), considerado uma prévia da inflação oficial medida pelo IPCA, sofreu uma aceleração neste mês, aumentando de 0,40% em janeiro para 0,63%. O maior responsável pela elevação dos preços foram as despesas com educação, responsáveis por 54% da composição do índice. Isso reflete principalmente o reajuste das mensalidades das escolas no início do ano. O indicador acumula alta de 1,03% no ano e de 5,77% em 12 meses, acima do centro da meta para o IPCA em 2009 (4,5%), mas ainda abaixo do teto definido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de 6,5%. Em Brasília, ele passou de 0,47% no mês passado para 0,73%. Os preços do grupo educação tiveram alta de 4,95% em todo o país, contribuindo com 0,34 ponto percentual para a formação do indicador de fevereiro. O aumento das mensalidades dos cursos de ensino formal foi de 5,64%. Com exceção de Fortaleza, onde o reajuste é feito num outro período do ano, as demais regiões metropolitanas pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ficaram entre as taxas observadas em Curitiba (4,67%) e Recife (7,79%). Nas mensalidades dos cursos diversos, como de idiomas e informática, a variação nacional foi de 5,88%. Em sentido inverso, os preços dos alimentos apresentaram uma retração no índice, que diminuiu de 0,72% para 0,44%. Vários produtos tiveram desaceleração no ritmo de aumento ou mesmo queda nos valores. Entre os que amenizaram a alta, estão batata-inglesa (8,99% em fevereiro), cenoura (7,93%) e pescados (1,55%). No segundo grupo, dos produtos que ficaram mais baratos, estão tomate (-6,74%), frango (-2,18%) e carnes (-0,89%). Os itens não-alimentícios aceleraram de 0,31% para 0,69%. O destaque foi o reajuste de tarifas de ônibus urbanos em cidades como Curitiba (13,41%), Salvador (5,77%) e Belo Horizonte (4,54%). (RA)