As principais Bolsas da região Ásia-Pacífico tiveram quedas nesta quarta-feira (18/02) depois que as montadoras americanas General Motors e Chrysler pediram mais US$ 21,6 bilhões ao governo dos Estados Unidos para superar a crise financeira.
A Bolsa de Tóquio (Japão) fechou em queda de 1,45%, aos 7.534,44 pontos; o ASX, da Bolsa de Sydney (Austrália), perdeu 2,29%; o Kospi, da Bolsa de Seul (Coreia do Sul), também teve perdas, de 1,24%; o Shangai Composite, da Bolsa de Xangai (China), teve retração de 4,72%. Somente a Bolsa de Hong Kong teve alta, de 0,55%.
General Motors e Chrysler, a primeira e a terceira montadoras dos EUA, apresentaram nesta terça-feira (17/02) seus planos de reestruturação, requisito do governo de Barack Obama para liberar empréstimos às duas montadoras.
Somente a GM declarou necessitar de mais de US$ 16,6 bilhões do governo. Além disso, a empresa anunciou que deve demitir mais de 47 mil funcionários como parte dos planos de reestruturação. A Chrysler, por sua vez, pediu US$ 5 bilhões e anunciou que vai demitir 3.000.
Somando os valores já emprestados no final de 2008 e os prometidos, os créditos podem somar US$ 39 bilhões - sendo US$ 30 bilhões para a GM e US$ 9 bilhões para a Chrysler. De início, as duas montadoras tiveram acesso a US$ 9,6 bilhões e US$ 4 bilhões, respectivamente.
Economia japonesa
No Japão, derrubou o mercado o anúncio da Toyota de que planeja parar suas fábricas por três dias em abril para controlar o nível de seus estoques em meio à queda da demanda global.
No último dia 6, a Toyota anunciou que deve ter seu primeiro prejuízo em mais de 70 anos de história. A previsão é de que deverá encerrar o atual ano fiscal, que acaba em março, com perdas de 350 de bilhões de ienes (cerca de US$ 3,8 bilhões).
Os investidores continuam vendendo suas ações depois que o governo japonês divulgou, nesta segunda-feira (16), que o
Produto Interno Bruto (PIB) do Japão recuou 12,7% entre outubro e dezembro de 2008, aprofundando a crise no país.
A queda, a maior em 35 anos, é resultado da pior crise no país desde o fim da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), disse o ministro da Economia do país, Kaoru Yosano.
"Os investidores estrangeiros perderam o apetite de comprar ações japonesas porque o Japão é o único que vê sua economia recuar em dois dígitos", afirmou Koichi Ogawa, da Daiwa SB Investments. "O mercado não pode esperar medidas efetivas de um governo que está em uma posição como essa agora."