Os preços do petróleo caíram forte nesta terça-feira (17/02) em Nova York, em um mercado deprimido pelo acúmulo de notícias negativas sobre a economia mundial e preocupado com suas consequências para o consumo petroleiro.
Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês), o barril do petróleo cru para entrega em março terminou cotado a US$ 34,93, uma queda de 6,88% (US$ 2,58 menos) em relação ao fechamento de sexta-feira (US$ 37,51), já que ontem (16) foi feriado nos Estados Unidos.
Em Londres, o barril de Brent do mar do Norte para entrega em abril perdeu US$ 2,25, encerrando a US$ 41,03.
O barril em NY chegou a ser negociado a US$ 34,45 durante a sessão, anulando em grande parte a boa recuperação que havia sido registrada na sexta-feira, quando seu preço subiu 10% (US$ 3,53).
"Os temores sobre a demanda continuam, num momento em que a situação econômica parece se degradar", estimou Bart Melek, da BMO Capital Markets.
"A oferta continua aumentando, e as perspectivas da demanda, piorando", concordou Phil Flynn, da Alaron Trading.
Consumo
Depois de registrar a primeira queda em 25 anos em 2008, o consumo mundial pode perder mais 0,67% este ano em consequência da crise econômica, indicou na sexta-feira passada a Organização de Países Exportadores de Petróleo (Opep), em seu relatório mensal.
"As informações divulgadas pela Opep e por economistas particulares apontam que a demanda por petróleo pode cair mais 2 milhões de barris diários no segundo trimestre", disse Flynn.
Reforçando esses temores, nos Estados Unidos, maior consumidor mundial de petróleo, a atividade industrial recuou mais do que o previsto em fevereiro na região de Nova York, sinal de uma atividade desacelerada e má notícia para o setor energético.
"O mercado se dá conta de que, ainda que a Opep reduza sua produção, será preciso tempo para diminuir os estoques e reequilibrar o mercado", explicou Melek.