O comitê europeu sindical da General Motors (GM) afirmou nesta segunda-feira (16/02) que o plano de viabilidade elaborado pela montadora de automóveis multinacional "não é viável" e que a empresa deveria separar suas marcas.
Segundo o comitê, órgão sindical que representa todos os centros de trabalho da companhia na Europa, a "única opção razoável e possível" para "não destruir as operações" da GM na Europa e evitar possíveis demissões maciças é separar as marcas Opel-Vauxhall e Saab.
De acordo com ele, o plano de viabilidade da GM pode levar a Opel e a Saab a "demissões maciças e, provavelmente, o fechamento de várias fábricas".
Segundo o sindicato, sua aplicação levaria ao "colapso da Opel-Vauxhall em um prazo de ano e meio".
A representação sindical afirmou que "apoia ativamente" o pedido de avais aos governos europeus, mas lembrou que isso exige o desenvolvimento de "um modelo sustentável e viável de negócio que requer investimentos".
EUA
Nos Estados Unidos, o presidente Barack Obama vai criar uma comissão especial, que reunirá representantes de diversos órgãos do governo, para supervisionar a reestruturação do setor automotivo americano, descartando assim a possibilidade de nomear um "czar dos carros" para executar essa tarefa, segundo reportagem desta segunda-feira do diário americano "The Wall Street Journal" ("WSJ").
O secretário do Tesouro, Timothy Geithner, e o presidente do Conselho Econômico Nacional, Lawrence Summers, liderarão a nova comissão, segundo a reportagem. A decisão de Obama de renunciar à ideia de seu antecessor, George W. Bush, de nomear um "czar" para fazer a mediação entre governo, indústria automotiva, sindicatos e outras partes envolvidas, foi conhecida na véspera da apresentação por parte das companhias de suas propostas para a reestruturação do setor.