Jornal Correio Braziliense

Economia

Bovespa sofre queda de 1,11%; dólar avança 0,35%, a R$ 2,272

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A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) opera com perdas na jornada desta segunda-feira (16/02). Sem sua principal referência externa, a Bolsa de Nova York, o mercado doméstico sofre o impacto das notícias sobre a deterioração das economias centrais, na Ásia e na Europa. O câmbio tem alta moderada. O termômetro da Bolsa, o Ibovespa, sofre queda de 1,11%, aos 41.211 pontos. O giro financeiro é de R$ 2,5 bilhões. A Bolsa de Nova York não opera devido a um feriado local ("Presidents" Day"). Na Europa, a Bolsa londrina retrai 0,95%. O dólar comercial é negociado por R$ 2,272 para venda, em alta de 0,35% sobre a cotação de sexta-feira. O Ministério do Desenvolvimento revelou que a balança comercial do país ficou positiva na primeira quinzena de fevereiro, com um saldo de US$ 696 milhões. Entre as principais notícias do dia, o governo japonês divulgou que o Produto Interno Bruto (PIB) sofreu contração de 12,7% no quarto trimestre de 2008. Trata-se da pior queda em 35 anos. É o terceiro trimestre em que a economia japonesa mostra retração. O DIW (Instituto de Estudos Econômicos, na sigla em alemã) divulgou previsão que aponta para uma queda maior do que o esperado da economia alemã. Em vez de uma contração de 0,8% do PIB no primeiro trimestre deste ano, o instituto alemão agora estima um encolhimento de até 4,5%. O mercado também monitora novidades sobre as iniciativas do governo americano para combater a crise. Enquanto aguarda detalhes sobre o plano para sanear os bancos, investidores e analistas temem pela piora na situação do setor automobilístico, num contexto em que as gigantes demandam mais ajuda oficial. O presidente Barack Obama já anunciou vai criar uma comissão especial para supervisionar a reestruturação do setor automotivo americano. O boletim Focus, do Banco Central, revelou que a maioria dos economistas do setor financeiro rebaixou mais uma vez suas previsões para o crescimento da economia brasileira. Desta vez, os especialistas esperam um incremento de somente 1,5% do PIB neste ano.