A segunda-feira (16/02) de feriado nos Estados Unidos é marcada por pressão de venda nas bolsas europeias, onde o setor financeiro e o de mineração chamam a atenção dos investidores. O sentimento negativo reflete também os números do Produto Interno Bruto (PIB) do Japão no quarto trimestre do ano passado, que teve sua maior contração, em termos anualizados, desde o primeiro trimestre de 1974. As mineradoras também caem com o dado japonês.
A contração de 12,7%, em termos anualizados, da economia do Japão acabou fortalecendo o iene ante o dólar, comprado por investidores estrangeiros com apostas de que a piora da economia japonesa levará as companhias a venderem ativos no exterior para cobrir perdas no mercado doméstico.
Às 8h52 (de Brasília), a Bolsa de Londres caía 0,46%, a de Frankfurt recuava 0,36% e a de Paris operava em baixa de 0,47%.
Por volta do mesmo horário, as ações da Xstrata perdiam 2%, BHP Billiton recuavam 2,4% e os da Rio Tinto operava em baixa de 2,97%, influenciados pelas perdas dos metais nos mercados secundários na esteira do PIB japonês.
Porém, o dia é tranquilo em termos de noticiário de balanços e indicadores econômicos. Mas o setor financeiro perturbou os mercados especialmente no início desta segunda-feira, com investidores temendo que, para recuperação da saúde do segmento, sejam necessários novas injeções de capital e intervenção dos governos.
O foco eram os papéis do Lloyds Banking Group, que caíram mais de 8%, com especulações de que seria estatizado totalmente, diante do pesado prejuízo do HBOS (Halifax), que adquiriu em janeiro deste ano. Na sexta-feira da semana passada (13/02), o Lloyds advertiu que o Halifax deverá registrar um prejuízo antes de impostos de 10 bilhões de libras (US$ 14,5 bilhões) em 2008, provocado por grandes baixas contábeis em crédito corporativo e em investimentos. O Halifax é a maior instituição financiadora de hipotecas do Reino Unido.
"Nossa impressão é a de que a situação no curto prazo para o Lloyds Banking Group é muito difícil, sobrecarregado por um pesado fardo representado pelo HBOS", disse o analista do Charles Stanley, Nic Clarke.
Já os papéis do ING recuaram 2,8%, diante da revelação de que não irá mais patrocinar o programa da Fórmula 1 após a temporada de 2009.