A agenda econômica da semana será maior e mais diversificada que as anteriores. Além de índices de inflação habituais, também haverá divulgações relacionadas à atividade e aos setores externo e fiscal.
Amanhã, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) inicia a semana com a divulgação do Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) da segunda quadrissemana de fevereiro. Na primeira leitura do mês, o indicador apresentou variação de 0,81% ante elevação de 0,83% do fechamento de janeiro. A expectativa do mercado é de continuidade no processo de desaceleração para taxas ainda menores.
Pouco depois, o Banco Central trará a público mais uma pesquisa Focus, com as estimativas do mercado financeiro sobre as principais variáveis macroeconômicas do País. As alterações mais importantes do levantamento têm sido as ligadas à atividade e à taxa básica de juros, em sintonia com o novo quadro de desaceleração no crescimento da economia nacional.
Ainda na segunda-feira, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) anunciará o resultado parcial da balança comercial brasileira, referente à segunda semana de fevereiro. Na primeira semana do mês, o saldo da balança foi positivo em US$ 471 milhões, com um resultado de exportações de US$ 2,740 bilhões e importações de US$ 2,269 bilhões.
A manhã da terça-feira (17) concentra dois indicadores de inflação e um dado relacionado à atividade. Primeiro, a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) trará a público o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da segunda quadrissemana de fevereiro. Na primeira medição do mês, o indicador paulistano avançou 0,49%. Em seguida, a FGV divulgará a segunda prévia do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) de fevereiro. No primeiro decêndio do mês, houve alta de 0,42%.
Também na manhã da terça-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anunciará a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC). Os resultados são ainda de dezembro e, por conta do sentimento relacionado à crise financeira global, há analistas que não descartam resultados fracos, apesar do impacto da sazonalidade.
A sexta-feira terá o anúncio de cinco dados importantes. Dois deles vêm do IBGE, às 9 horas: o Índice de Preços ao Consumidor Amplo -15 (IPCA-15) de fevereiro e a taxa de desemprego de janeiro. No campo da inflação, boa parte do mercado financeiro trabalha com uma estimativa maior que a do resultado de 0,40% do IPCA-15 de janeiro, já que o indicador de fevereiro tende a captar os maiores impactos do grupo Educação. No campo do desemprego, uma taxa mais expressiva que a de 6,80% de dezembro também seria recebida com naturalidade, já que, além da sazonalidade do início de ano, o mercado de trabalho vem passando por um período de demissões.
Às 10h30, o Banco Central deve divulgar o resultado das contas externas de janeiro. O documento conta com os resultados das transações correntes do balanço de pagamentos e com o total de Investimento Estrangeiro Direto (IED) que ingressou no País. Em dezembro, o Brasil contou com um déficit em transações correntes de US$ 2,922 bilhões. Já o IED alcançou a marca expressiva de US$ 8,117 bilhões, que, conforme o próprio BC adiantou no mês passado, não deve ser repetida em janeiro.
A última divulgação da semana virá do Tesouro Nacional, que anunciará o resultado primário do Governo Central de janeiro - o horário não foi confirmado. O dado engloba os números do Tesouro Nacional, do Banco Central e INSS. Em dezembro, houve expressivo déficit de US$ 20,023 bilhões, que sofreu influência de fatores específicos. O primeiro foi que o último mês do ano costuma registrar um aumento dos gastos do governo em função justamente das despesas maiores com Previdência e 13º salário pago ao funcionalismo público. O segundo e mais importante teve ligação com a contabilidade do Fundo Soberano do Brasil (FSB) nas planilhas do Tesouro.