O Fundo Monetário Internacional (FMI), geralmente ofendido pelo governo da Argentina que atribui ao organismo grande parte da responsabilidade pela crise de 2001-2002, está novamente colaborando com as autoridades do país, afirma o jornal Clarín.
A colaboração consiste em um "programa de cooperação técnica" em termos de estatística, destaca o Clarín, que ouviu fontes do FMI e funcionários argentinos que não são identificados.
O programa, que segundo o jornal foi estabelecido em setembro, pretende restabelecer a confiabilidade do Instituto Nacional de Estatística e Censos (INDEC), muito questionado nos últimos dois anos tanto por analistas argentinos independentes como pelo prórpio organismo multilateral.
Os técnicos do Fundo não discordam da metodologia do INDEC, e sim da forma como os dados são coletados, que foi paulatinamente modificada nos últimos dois anos, ao mesmo tempo que surgiram discrepâncias entre as estatísticas oficiais e as medições independentes, sobretudo em termos de inflação.
A Argentina pagou integralmente e de forma antecipada nove bilhões de dólares de dívida com o organismo e desde julho de 2006 não permite a supervisão do FMI de sua economia.