Jornal Correio Braziliense

Economia

Apesar de recessão, Bolsas de Paris e Frankfurt sobem; Londres cai

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Apesar da confirmação de que a economia da zona do euro teve uma queda recorde no quarto trimestre, de 1,5%, o que confirma recessãono bloco, e que a União Europeia (UE) também teve PIB negativo, alguns dos principais mercados da Europa fecharam em alta. Apenas o mercado londrino registrou baixa. A Bolsa de Frankfurt subiu 0,13% no fechamento, com o índice DAX em 4.413,39. Em Londres, o FTSE-100 fechou com queda de 0,30%, para 4.189,6. Na Bolsa de Paris, o CAC-40 fechou hoje em alta de 1,13%, aos 2.997,86 pontos. Em Milão, o índice S/MIB encerrou em alta de 0,35%, para 17.731 pontos, enquanto o geral Mibtel subiu 0,63%, aos 14.238 pontos. Apesar da alta os ganhos iniciais diminuíram com a queda das ações de bancos britânicos, após o Lloyds Banking Group anunciar grande prejuízo na unidade HBOS. "O comunicado do Lloyds provocou devastação adicional no setor bancário. A atividade e os volumes estão muito fracos hoje", disse Howard Wheeldon, estrategista do BGC Partners. As ações do Lloyds despencaram quase 35% após da divulgação de que sua subisidiária HBOS perdeu cerca de 8,5 bilhões de libras (US$ 12,28 bilhões) no ano passsado, enquanto o Lloyds TSB teve lucro de cerca de 1,3 bilhões de libras. Segundo os dados da agência Eurostat, a queda na economia do bloco que utiliza a moeda comum europeia se deveu ao recuo no volume de comércio, devido à crise econômica global. Com a queda na demanda, as economias europeias viram cair suas exportações, o que afetou o crescimento. A zona do euro já havia registrado contrações de 0,2% no segundo e no terceiro trimestres de 2008. O dado de hoje veio apenas confirmar que a região vem sofrendo um impacto acentuado da crise econômica. A queda na economia da zona do euro foi a maior desde que a região foi criada, em 1999, e ficou perto do que esperavam os analistas. Na comparação com o quarto trimestre de 2007, a economia da zona do euro teve queda de 1,2%. Para a UE como um todo, a contração no quarto trimestre do ano passado, quando comparado ao mesmo período de 2007, foi de 1,1%.