O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, apresentou nesta segunda-feira (20/01) dados sobre os empréstimos feitos às empresas paulistas com recursos doFundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e cobrou garantias de empregos nas áreas beneficiadas com crédito do setor público.
Lupi divulgou uma lista dos setores que mais pegaram dinheiro emprestado, em resposta a um pedido do presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf.
"O presidente da Fiesp, Paulo Skaf, me cobrou uma lista pública e eu estou apresentado", afirmou Lupi.
De acordo com o ministério, o comércio e a indústria de transformação paulistas são os maiores devedores nessas linhas, com R$ 1,19 bilhão e R$ 1,16 bilhão, respectivamente, de um total de R$ 2,977 bilhões emprestados no Estado de São Paulo entre janeiro de 2006 e março de 2008.
O ministro afirmou também que os "juros escorchantes" aos quais o presidente da Fiesp teria se referido em entrevistas são de 6% TJLP de 6,25% ao ano, bem abaixo da média do mercado.
Lupi afirmou que continua defendendo que o uso de linhas de crédito com origem em recursos públicos, principalmente, do FAT, estejam vinculados a garantias de emprego.
"O crédito com dinheiro do trabalhador tem de estar ligado a garantias de emprego", afirmou.