Jornal Correio Braziliense

Economia

Bancários protestam contra demissão de 400 por Santander-Real

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Bancários do Santander e do Real protestaram nesta sexta-feira (16/01) contra cerca de 400 demissões informadas pela entidade ao Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região. Além de faixas, os manifestantes levaram ao ato uma galinha, para representar o que chamaram de "a galinha dos ovos de ouro", expressão usada pelo Santander na compra do Real, realizada em 2007. As dispensas ocorrem cinco meses após o início da fusão das operações com o Banco Real. Segundo o Sindicato, as dispensas são nos centros administrativos do Santander e do Real. Procurado pela *Folha Online*, o Santander informou que não se pronunciará. De acordo com já mencionado pelo banco no passado, as demissões não têm relação com a crise, mas são resultado da fusão com o Real. Em outubro de 2008, o Santander anunciou seu plano estratégico para 2008-2010, quando o presidente mundial, Emílio Botin, afirmou que a integração Santander-Real não era uma reestruturação, mas um projeto de crescimento, com a ampliação do número de agências em 400. Somados, Santander e Real ficaram com pouco mais de 55 mil funcionários, 8 milhões de correntistas e 500 mil clientes pessoa jurídica no Brasil. Segundo a diretora do sindicato e funcionária do Santander Rita Berlofa, a situação é "inadmissível". "É uma situação inadmissível, principalmente para um banco em excelente situação no Brasil e no mundo, que anuncia ´sinergias de integração que devem atingir R$ 2,7 bilhões´. Ou seja, para os banqueiros, brasileiros ou espanhóis, a fusão trará ganhos, mas para os bancários, pais e mães de família, sobra a tragédia do desemprego", diz Rita. O presidente do sindicato, Luiz Cláudio Marcolino, afirmou por meio de nota que pedirá medidas do governo federal, como a ratificação da Convenção 158 da OIT (Organização Internacional o Trabalho), que proíbe dispensas imotivadas em empresas lucrativas.