As principais Bolsas de Valores da Ásia fecharam o dia em queda afetadas pelos dados negativos de emprego e pelas perspectivas empresariais que intensificaram a preocupação com a situação econômica nos Estados Unidos.
Em Tóquio (Japão), a Bolsa recuou 3,93%, aos 8.876,42 pontos, no índice Nikkei 255. Em Hong Kong, a queda foi de 4,14% no Hang Seng. O ASX de Sydney (Austrália) também caiu: 1,98%. Em Seul (Coreia do Sul), o KOSPI teve perdas de 1,83%. Na China, a queda foi de 2,38%.
Entre as principais notícias do dia, a consultoria americana ADP Employer Services divulgou sondagem onde aponta perda de 693 mil postos de trabalho em dezembro nos EUA. O dado é ainda pior que as projeções dos economistas, que estimavam destruição de 500 mil vagas. O número ganha importância porque adianta outro indicador fundamental: o relatório sobre a geração de empregos preparado pelo Departamento de Trabalho dos EUA.
As Bolsas da Ásia seguiram os resultados do mercado americano nesta quarta-feira (7/01). O índice Dow Jones Industrial, o mais importante das bolsas de Nova York, fechou com uma baixa de 2,72%; o mercado Nasdaq retrocedeu 3,23%; o seletivo S 500 caiu 3%.
"O mercado caiu porque todo mundo correu para realizar os lucros [gerados pelas altas consecutivas dos últimos pregões], empurrados pelo nervosismo sobre o destino das economias globais e dos EUA", afirmou Mitsushige Akino, da Ichiyoshi Investment. "Mas ainda é cedo para falar sobre uma tendência de queda enquanto crescem as expectativas sobre um novo plano de estímulo discutido pelo governo." Discutido pelo presidente eleito dos EUA, Barack Obama, e o Congresso, o plano prevê US$ 800 bilhões em gastos públicos e cortes de impostos e nos próximos dois anos.
A presidente da Casa dos Representantes (Câmara dos Deputados) dos EUA, Nancy Pelosi, disse nesta quarta-feira que a aprovação de um novo pacote de estímulo à economia dos EUA precisa ser aprovado até meados de fevereiro, sob risco de que a economia fique ainda mais fraca e mais empregos sejam perdidos no país.