A Bovespa encerrou o terceiro pregão de 2009 com alta, e os ganhos acumulados neste começo de ano alcançaram os 12,68%. No pregão desta terça-feira (6/01), o índice Ibovespa se apreciou em 1,91%.
Os papéis do setor de commoditties foram mais uma vez relevantes para a recuperação da Bolsa. A ação ON da Companhia Siderúrgica Nacional subiu 5,90%, seguida por Gerdau PN (4,11%) e Vale PNA (3,39%). Nem mesmo o recuo do petróleo deteve as ações da Petrobras, que subiram 1,39% (preferenciais) e 1,63% (ordinárias).
Ontem foi o sexto pregão seguido de alta da Bovespa. A entrada de capital externo, segundo operadores do mercado, tem sido um dos destaques dos últimos pregões. No primeiro pregão do ano, os estrangeiros mais compraram que venderam ações no montante de R$ 441,5 milhões.
"Os estrangeiros começaram a comprar mais ações, o que tem ajudado a Bolsa", afirma Luiz Roberto Monteiro, assessor de investimentos da corretora Souza Barros. Para Monteiro, essa valorização muito rápida e forte que a Bolsa tem vivido não significa uma mudança de tendência. "Como vimos acontecer muito nos últimos meses, qualquer notícia ruim pode acabar por derrubar a Bolsa. A volatilidade vai continuar", diz Monteiro.
A Bolsa de Valores de São Paulo alcançou ontem os 42.312 pontos, em sua mais elevada pontuação em cerca de três meses. Desde o pregão do dia 23, a Bovespa acumula apreciação de 16%.
Entre os destaques de ontem, apareceu o setor bancário. A ação ordinária do Banco do Brasil subiu 5,49%; Itaú PN ganhou 4,11%; e Bradesco PN teve alta de 3,23%.
A recuperação das ações não tem se restringido à Bovespa. As Bolsas têm subido nos principais centros financeiros. Ontem a Bolsa de Londres subiu 1,29% e está com ganhos de 4,62% em 2009.
Em Wall Street, o mercado tem ido com mais calma, mas também registrou resultado positivo. O índice Dow Jones subiu 0,69%. A Bolsa eletrônica Nasdaq se apreciou em 1,50%.
A expectativa em torno do plano econômico a ser apresentado pelo presidente eleito dos EUA, Barack Obama, tem ajudado a manter o otimismo nos primeiros pregões do ano.