A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) registra ganhos moderados no último pregão deste ano. As maiores Bolsas internacionais operam em terreno positivo, enquanto os investidores reagem favoravelmente ao socorro financeiro concedido à financeira da General Motors. O câmbio desaba para R$ 2,33.
O termômetro da Bolsa, o Ibovespa, valoriza 1,26% e atinge os 37.527 pontos. O giro financeiro é de somente R$ 595 milhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York opera em alta de 0,94%.
O dólar comercial é negociado a R$ 2,330 para venda, o que representa um declínio de 3,51% sobre a cotação de ontem. A taxa de risco-país marca 425 pontos, número 1,84% abaixo da pontuação anterior.
O Banco Central aceitou somente quatro propostas, no montante total de US$ 530 milhões, no leilão de venda de dólares com recompra realizado nesta terça-feira entre 11h30 e 12h. Não foram aceitas as propostas para venda com recompra em fevereiro e março de 2009.
A autoridade monetária vendeu dólares pela taxa de R$ 2,352 e deve recomprar a moeda em abril de 2009 por R$ 2,4164. O mercado repercute a notícia, divulgada ontem à noite, de que o governo americano vai ajudar, com US$ 5 bilhões, a GMAC, o braço financeiro da montadora de veículos General Motors. A salvação da financeira da GMAC é considerada por analistas um fator primordial para a sobrevivência da General Motors.
Por enquanto, os investidores "resistem" à onda de indicadores bastante desfavoráveis já divulgados sobre a economia americana: os preços dos imóveis desabaram 18% em outubro, voltando para os níveis observados em março de 2004, segundo o influente índice Standard & Poor"s/Case-Shiller. E o índice de confiança do consumidor Conference Board apontou sua pior leitura desde 1967: 38 pontos em dezembro, ante 44,7 pontos em novembro. A sondagem do instituto privado serve como um indicador das tendências de consumo para os próximos meses e refletiu neste mês a deterioração do quadro econômico no quarto trimestre.
No front doméstico, a FGV (Fundação Getúlio Vargas) informou que o ICI (Índice de Confiança da Indústria) atingiu seu ponto mais baixo desde outubro de 1998. E nas previsões para os meses seguintes, houve aumento da proporção de empresas pessimistas em relação ao ambiente de negócios.