As famílias norte-americanas reduziram suas dívidas no terceiro trimestre deste ano pela primeira vez na história, após sofrerem uma queda de US$ 2,81 trilhões no valor líquido de seus bens no período, segundo dados do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos). O valor líquido dos bens encolheu no verão passado (do hemisfério Norte). Enquanto as famílias reduziram suas dívidas, o endividamento das empresas desacelerou e a dívida do governo federal disparou.
No período entre julho e setembro de 2008, a dívida total das famílias diminuiu 0,8%, em ritmo anual, de US$ 13,94 trilhões para US$ 13,91 trilhões, segundo o relatório trimestral de fluxo de fundos do Fed. É o primeiro declínio desde que o relatório começou a ser feito, em 1952. As famílias pagaram mais hipotecas do que pediram pela primeira vez na história. A dívida hipotecária caiu a uma taxa anual de 2,4% para US$ 10,54 trilhões. Outros créditos ao consumidor, tais como cartão de crédito e financiamento de veículos, aumentaram 1,2% (taxa anual) no trimestre para US$ 2,6 trilhões.
O valor líquido dos bens das famílias caiu 4,7% para US$ 56,54 trilhões no terceiro trimestre, de US$ 59,35 trilhões no segundo. Foi o quarto declínio consecutivo. No segundo trimestre a queda foi de 0,7%
O total da dívida doméstica não financeira (dos governos, lares e empresas não-financeiras) dos EUA aumentou 7,2% (taxa anual) de julho a setembro, impulsionado pelo aumento de 39,2% na dívida assumida pelo governo federal, um recorde do pós-guerra. A dívida dos governos estatais e municipais cresceu 2,9% no terceiro trimestre de 2008. O endividamento não financeiro total subiu para US$ 32,98 trilhões no terceiro trimestre, de US$ 32 39 trilhões no trimestre anterior. As informações são da agência Dow Jones