O grupo varejista britânico Woolworths, que controla 815 lojas em todo o Reino Unido, iniciou nesta quinta-feira (11/12) uma liqüidação para fechar suas portas. A empresa, que atravessa problemas financeiros, não conseguiu atrair um comprador. Com isso, cerca de 25 mil postos de trabalho devem ser eliminados, no que pode ser a maior quebra de uma rede varejista no país.
A empresa privada de contabilidade Deloitte, que administra a rede, disse que ainda tenta encontrar um comprador, mas os candidatos em potencial ainda procuram meios de financiar a aquisição, segundo o diário britânico "Financial Times" ("FT"). "Se nenhuma oferta pela Woolworths for apresentada, então é possível que algumas lojas fechem antes do fim do dezembro", segundo a Deloitte.
A reportagem do "FT" informa que Geoff Mulcahy (ex-chefe da rede varejista britânica Kingfisher), David Buchler (ex-chefe da Kroll Europe) e Ardeshir Naghshineh (principal acionista da Woolworths) têm negociado com a Deloitte, mas ainda não houve um acordo.
Fontes ouvidas pelo "FT" disseram que outras redes, incluindo supermercados, já assinaram contratos para comprar algumas lojas da Woolworths.
O site da Woolworths estava indisponível, apenas apresentando a mensagem: "Nosso site está sob manutenção essencial no momento. Nos desculpamos por qualquer inconveniente causado". A Woolworths contratou a Deloitte para administrar a empresa no mês passado; a primeira loja da rede abriu em Liverpool, no noroeste da Inglaterra, em 1909.
Oferta
Os consumidores britânicos se dirigiram às lojas da rede em busca de ofertas. Segundo a imprensa local, o estacionamento da loja em Filton (no sul do país) estava lotado, mas as pessoas, no entanto, não saíam com muitas sacolas - em muitos casos, ninguém comprou nada.
As pessoas foram à loja esperando descontos de até 50%, mas poucos produtos foram remarcados. "Vim aqui esperando economizar algum dinheiro nas compras de presentes para meus netos, mas fiquei um pouco desapontada. Anunciaram na TV que haveria uma liqüidação de fechamento e fiquei com a impressão de que encontraria descontos de 50%", disse Alison Long, 52, segundo uma reportagem do site "This is Bristol".
"A propaganda falava em tudo com até 50% de desconto, mas é difícil dizer o que realmente está em oferta", disse Roy Collett, 58. "É uma pena a Woolworths estar fechando, porque eles sempre estiveram aqui. Eu comprei aqui por um bom período da minha vida. Sinto pena por todas as pessoas que vão perder o emprego", acrescentou.