Jornal Correio Braziliense

Economia

Bolsas da Ásia fecham perto da estabilidade; Tóquio sobe

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As principais Bolsas da Ásia encerraram o dia com tendências variadas e perto da estabilidade, mesmo com a aprovação do plano de resgate de US$ 15 bilhões às montadoras americanas pela Câmara dos Estados Unidos. Más notícias sobre a economia chinesa contiveram os ganhos da maioria das Bolsas. As Bolsas de Tóquio (Japão) e de Seul (Coréia do Sul) fecharam com leve alta. O indicador Nikkei 255 do mercado japonês subiu 0,7% com o iene forte ante o dólar e o ânimo dos investidores com o plano de reestruturação das três maiores fabricantes de carros americanas - General Motors, Ford e Chrysler. A alta só não foi maior porque as ações de montadoras como a Toyota tiveram perdas. A queda ocorreu após a empresa divulgar a previsão de queda de 10% nas vendas para o ano fiscal 2009. A fabricante informou que deve vender 7,5 milhões a menos de veículos no próximo ano. Na Coréia do Sul, o índice KOSPI avançou 0,75% com o corte de juros de 1 ponto percentual na taxa de juros do país. Nos outros mercados, o dia foi de queda. A Bolsa da Austrália recuou 1,09% no índice ASX, enquanto o Shanghai Composite, da Bolsa de Xangai (China) perdeu 1,66%. Queda das exportações O mau-humor dos investidores na região Ásia-Pacífio é reflexo da queda nas exportações na China, divulgada nesta quarta-feira (10/12) pelo governo. O valor das exportações caiu 2,2% em novembro, o que não acontecia desde junho de 2001. No mês de novembro, a China exportou mercadorias no valor de US$ 115 bilhões. O governo atribuiu a queda das exportações à redução da demanda provocada pela crise financeira. Apesar do resultado negativo, o governo também anunciou um excedente comercial recorde em novembro, de US$ 40,1 bilhões. O setor imobiliário chinês, um dos mais prósperos do mundo, também está sendo fortemente afetado pela crise, segundo indicam as estatísticas de novembro. Segundo dados da Comissão Nacional de Reforma e Desenvolvimento da China, o preço dos imóveis aumentou 0,2%, o crescimento mais baixo em três anos.