O grupo de mineração anglo-australiano Rio Tinto anunciou nesta quarta-feira (10/12) o corte de 14 mil postos de trabalho e a redução em US$ 10 bilhões de sua dívida de US$ 38,9 bilhões durante 2009. A companhia prevê economizar US$ 1,2 bilhão com a perda de 5.500 trabalhadores fixos e de outros 8.500 com contratos temporários.
"Nosso imperativo é maximizar a geração de dinheiro e saldar as dívidas nas atuais condições econômicas de dificuldades e incerteza, e diante da deterioração sem precedentes de nossos mercados", disse o diretor da Rio Tinto Tom Albanese, em uma reportagem no site do jornal "The Sydney Morning Herald".
"Vamos reduzir nossas despesas de operação e capital a um nível apropriado, até que vejamos sinais significativos e críveis da recuperação dos mercados, mas manteremos nossas opções estratégicas de crescimento", acrescentou Albanese.
O setor de mineração vem sentindo o impacto da crise financeira e econômica global, com a redução nas perspectivas de crescimento e investimento. Na semana passada foi a vez da Vale do Rio Doce, que anunciou 1.300 demissões no mundo, sendo 20% em Minas Gerais e as demais em unidades no Brasil e pelo mundo. Outros 5.500 entram em férias coletivas escalonadas - 80% em Minas - e 1.200 estão em treinamento para serem realocados dentro da companhia.
A empresa informou que essa reestruturação se deveu aos efeitos da crise financeira internacional e resultado da redução das encomendas das siderúrgicas, principais clientes da Vale. Atualmente, a mineradora tem 62 mil funcionários no mundo.
No fim de outubro, a Vale informou que vai reduzir sua produção de minério de ferro e outros minérios e subprodutos nos Estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Amapá, além de plantas industriais e minas no exterior. Fora do país, sofrerão reduções de produção atividades localizadas na França, Noruega, China e Indonésia.