O governo do Distrito Federal (GDF) confirmou nesta terça-feira (9/12) a contratação de mais de 8,4 mil servidores por concurso para reforçar áreas estratégicas da administração pública. Além de 8.288 vagas para órgãos da administração direta e áreas de segurança, saúde e educação, outras 180 serão destinadas para recrutar funcionários especialistas em administração pública. Os salários podem chegar a R$ 16 mil. ;Por que esses salários? Porque queremos trazer as melhores cabeças para o serviço público;, ressaltou o governador do GDF, José Roberto Arruda, que participou ontem do seminário A Gestão de Pessoas e a Qualidade nos Serviços Públicos, dirigido a funcionários das áreas de Recursos Humanos, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães.
Os editais dos concursos serão publicados no primeiro semestre de 2009, segundo o secretário de Planejamento do governo, Ricardo Penna. A opção do GDF por aumentar o contingente de servidores públicos em 2009 levou em conta uma distorção entre a evolução do número de funcionários e o crescimento da população do Distrito Federal. ;Nos últimos anos, enquanto a população de Brasília cresceu 20%, o contingente de servidores públicos aumentou 4,7%;, explica.
Além das 8.468 vagas previstas para 2009, 900 servidores tomarão posse no dia 5 de janeiro: 650 técnicos de administração e 250 analistas de administração. A convocação dos aprovados refere-se a um concurso realizado há três anos, que vencia esta semana. Para os servidores do quadro atual do GDF, será concedido reajuste médio de 5,5% em 2009. ;Isso se a crise não nos atrapalhar. Por enquanto, essa projeção está mantida;, afirma Penna.
Decreto
Entrou em vigor ontem um decreto que cria um sistema integrado de gestão de pessoas no DF e proíbe a nomeação de servidores não concursados para cargos de chefia nas áreas técnicas do GDF. ;Hoje existe uma lei que obriga que 50% dos cargos de chefia sejam preenchidos por servidores de carreira. A partir de agora, todos os cargos de chefia das áreas técnicas serão preenchidos por servidores de carreira;, ressaltou o governador José Roberto Arruda. ;Não é preciso trazer ninguém de fora. Queremos que os servidores que ingressaram por concurso e acumularam experiência no serviço público chefiem seus colegas de trabalho;, afirmou.
A determinação vale para novas nomeações. Segundo o governador, quem não é concursado e ocupa atualmente um cargo de chefia nessas condições não será destituído do posto. A idéia é que a substituição ocorra gradativamente. O que se pretende com o decreto, segundo Arruda, é a mudança de mentalidade sobre indicação no serviço público. ;É preciso fazer distinção entre Estado e governo. O grande problema é que até o motorista e a ascensorista são indicados pelos políticos, porque se acostumou a ter indicação em todos os níveis. E é isso que queremos mudar;, disse.
Colaborou Lilian Tahan