A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) opera com perdas moderadas desde os primeiros negócios desta terça-feira (9/12). O mercado trabalha à espera da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), enquanto monitora os desdobramentos da crise sobre a economia americana. O câmbio oscila com força e bate a casa dos R$ 2,48.
O Ibovespa, índice que reflete os preços das ações mais negociadas, desvaloriza 0,14%, aos 38.232 pontos. Ontem, a Bolsa fechou em alta de 8,31%.
O dólar comercial é comercializado por R$ 2,483 na venda, o que representa um declínio de 0,71% sobre a cotação de ontem. A taxa de risco-país marca 498 pontos, número 3,75% acima da pontuação anterior.
As Bolsas asiáticas ainda conseguiram concluir os negócios hoje com leves ganhos em suas ações: em Tóquio, o índice Nikkei subiu 0,8%, assim como a Bolsa coreana (0,07%), mas o índice Hang Seng teve recuo de 1,92%. Na Europa, a Bolsa de Londres ascende 1,45% enquanto a Bolsa de Frankfurt ganha 0,98%.
Investidores monitoram com atenção as novidades sobre o possível pacote de ajuda financeira às montadoras nos EUA. Parcela importante da economia americana, a indústria automobilística foi severamente afetada pela crise financeira internacional e reivindica uma ajuda de US$ 34 bilhões para sobreviver. Analistas destacam que os mercados devem reagir caso haja maior pessimismo ou otimismo sobre a possibilidade do Congresso aprovar algum tipo de ajuda às montadoras (principalmente General Motors, Ford e Chrysler).
Entre as primeiras notícias do dia, o governo brasileiro divulgou uma projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre muito acima do esperado: o incremento foi de 1,8% sobre o trimestre anterior e de 6,8% na comparação com idêntico período de 2007.
A sessão de hoje deve ser marcada pela espera da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que inicia nesta terça-feira a reunião de dois dias em que vai decidir a nova taxa básica de juros do país. A maioria dos economistas do setor financeiro estima que a taxa deve ficar em 13,75% ao ano. Uma corrente minoritária dos economistas, no entanto, não descartava totalmente um corte para 13,50%.